Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 97
Filtrar
1.
Rev. bras. educ. méd ; 47(3): e108, 2023. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1514985

RESUMO

Resumo: Introdução: A Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNSILGBT) é formada por um agrupamento de diretrizes e planos, sendo um eixo importante para formação dos profissionais de saúde, por meio de ações e estratégias específicas, para minimizar os efeitos da discriminação de gênero e sexualidade de uma população historicamente marginalizada. Na literatura, encontram-se estudos que evidenciam a falta de carga horária específica para gênero e sexualidade, a falta de transversalidade da temática LGBTI+ ou ainda a ausência da abordagem de aspectos socioeconômicos, políticos e raciais da saúde LGBTI+ dentro dos currículos de Medicina no Brasil e no mundo. Objetivo: Este estudo teve como objetivo comparar a percepção entre discentes assumidamente LGBTI+ e discentes heterossexuais no que concerne à formação dos médicos sobre a saúde de minorias sexuais e de gênero. Método: Trata-se de um estudo qualitativo, em profundidade, com análise de discurso de grupos focais, um com alunos LGBTI+ e outro com alunos não LGBTI+, em que se aplicou um questionário semiestruturado com base na análise de práticas discursivas de Spink. Resultado: A análise dos grupos identificou como questões mais pertinentes: pouca carga horária programática; falta de transversalidade; abordagem do tema com olhar pejorativo e preconceituoso; associação da população LGBTI+ com doenças infectocontagiosas ou psiquiátricas; ausência de abordagem dos aspectos socioeconômicos, culturais e raciais da temática; e atenção primária à saúde como espaço de maior abertura para discussões sobre gênero e sexualidade; Conclusão: Há uma percepção, em ambos os grupos, de que o ensino de saúde LGBTI+ é insuficiente e há um despreparo dos alunos para a abordagem da temática de gênero e sexualidade, o que gera impacto direto na assistência em saúde dessa população. Além disso, são necessários mais estudos sobre educação médica em saúde LGBTI+.


Abstract: Introduction: Brazil national public policy for the comprehensive healthcare of the LGBTi+ population consists of several guidelines and plans that include the training of health professionals. Through actions and strategies, it aims to minimize the effects of gender and sexuality discrimination on this historically marginalized population. Studies were found that show a lack of specific hours for gender and sexuality, a lack of transversality of the LGBTI+ topic and a lack of addressing the socioeconomic, political and racial aspects of LGBTI+ health in the curricula of Faculties of Medicine in Brazil and in the world. Objective: To compare the perception between admittedly LGBTI+ students and heterosexual students regarding the training of medical students on the health of sexual and gender minorities. Methodology: An in-depth qualitative study was carried out through two focus groups: one with LGBTI+ students and the other with non-LGBTI+ students. In addition, a semi-structured questionnaire was also applied. The analysis was made through the analysis of Spink's Discursive Practices. Result: Current problems were identified: low number of programmatic hours on the topic; lack of transversality; addressing the topic through a pejorative and prejudiced look; association of LGBTI+ people with infectious or psychiatric diseases; lack of addressing socioeconomic, cultural and racial aspects; Primary Care as a space of greater openness to fight against the cisheteronormative hegemony; Conclusion: LGBTI+ health education is still insufficient, as students feel unprepared to address the issue of gender and sexuality, which directly impacts the healthcare of this population. Additionally, further studies on medical education in LGBTI+ health are needed.

2.
Saúde Soc ; 32(4): e220594pt, 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1530405

RESUMO

Resumo A partir da experiência de pesquisa com mulheres mães lésbicas e bissexuais e das dificuldades encontradas para realização de encontros síncronos para a coleta de dados, observou-se que métodos de pesquisa online assíncronos se apresentam como estratégias em potencial para esse grupo em específico, considerado de difícil acesso. Este trabalho visa retratar o percurso metodológico para desenvolvimento de pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, desenvolvida por meio de métodos online, utilizando-se de estratégias como entrevistas abertas e grupo focal online, por meio da mídia social WhatsApp.


Abstract From a research experience with lesbian and bisexual mothers and the difficulties found in the management of synchronous meetings for data collection among these women, it was found that asynchronous methods of online research are potential strategies for this group in specific, considered of difficult access. This work aims to demonstrate the methodological path to develop exploratory research, with a qualitative approach, by online methods, applying strategies such as open-ended interviews and online focus groups, by using WhatsApp as social media.

3.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(11): 4191-4194, nov. 2022.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1404168

RESUMO

Resumo Neste documento trazemos um posicionamento para a comunidade científica e a sociedade civil acerca do desafio imposto à vigilância e às ações em saúde no Brasil relacionadas à monkeypox. Apresentamos pontos e encaminhamentos que podem subsidiar os aprendizados e os avanços a partir do atual cenário.


Abstract In this document, we present to the scientific community a proposal on how to deal with the challenge imposed on surveillance and health actions in Brazil regarding monkeypox, including points and directions that have the potential to support learning and enable advances in the current scenario.

4.
Cien Saude Colet ; 27(11): 4191-4194, 2022 Nov.
Artigo em Português, Inglês | MEDLINE | ID: mdl-36259839

RESUMO

In this document, we present to the scientific community a proposal on how to deal with the challenge imposed on surveillance and health actions in Brazil regarding monkeypox, including points and directions that have the potential to support learning and enable advances in the current scenario.


Neste documento trazemos um posicionamento para a comunidade científica e a sociedade civil acerca do desafio imposto à vigilância e às ações em saúde no Brasil relacionadas à monkeypox. Apresentamos pontos e encaminhamentos que podem subsidiar os aprendizados e os avanços a partir do atual cenário.


Assuntos
Sistemas de Informação em Saúde , Minorias Sexuais e de Gênero , Feminino , Humanos , Masculino , Identidade de Gênero , Brasil , Comportamento Sexual , Surtos de Doenças
5.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(10): 3815-3824, out. 2022.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1404141

RESUMO

Resumo Este artigo objetiva refletir sobre os desafios da saúde de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, intersexuais e outras minorias sexuais e de gênero (LGBTI+) no cenário brasileiro atual. Baseado no método de triangulação, incluiu análise de políticas, pesquisa qualitativa sobre percepções de atores-chave do Sistema Único de Saúde (SUS) - pessoas usuárias LGBTI+, profissionais e gestores(as) - a partir de dois projetos desenvolvidos no Sudeste e Sul do Brasil, analisados por equipe interdisciplinar de pesquisadores(as). Foram elencados os principais problemas enfrentados pela população LGBTI+, sinalizando alguns dos avanços necessários. Alguns desses desafios incluem: o acesso de LGBTI+ ao SUS; a necessidade de capacitação de profissionais; a interiorização e descentralização de serviços sensíveis à LGBTI+; as distintas formas de violências e discriminação; lacunas de pesquisas em saúde de segmentos específicos, como de lésbicas, bissexuais, intersexos e outras minorias sexuais. Os resultados corroboram a urgência da implementação plena da "Política Nacional de Saúde Integral de LGBT". O reconhecimento das demandas dessa população contribui para alcançar os princípios que norteiam o SUS.


Abstract This article aims to reflect on the current health challenges of lesbians, gays, bisexuals, transgenders, intersex, and other sexual and gender minorities (LGBTI+) within the Brazilian scenario. This study adopted a triangulation approach, based on two studies developed in the Southeast and South of Brazil, which included policy analysis and qualitative research on the perceptions of key actors from the Brazilian Unified Health System (SUS) - LGBTI+ users, workers, and managers. All data were analyzed by an interdisciplinary team of researchers. The main problems faced by the LGBTI+ population were registered, indicating some of the necessary progress. Some of these challenges include: access of the LGBTI+ population to SUS; the need to train health professionals; the decentralization of health services sensitive to the LGBTI+ population; the distinct forms of violence and discrimination; the lack of research in health care conducted with specific groups, such as lesbians, bisexuals, intersex, and other sexual minorities. The results reinforce the urgency for the complete implementation of the "National Policy for the Comprehensive Health of LGBT". The recognition of the LGBTI+ health needs will aid in achieving the principles which are the guiding principles of SUS.

6.
Cien Saude Colet ; 27(10): 3815-3824, 2022 Oct.
Artigo em Português, Inglês | MEDLINE | ID: mdl-36134788

RESUMO

This article aims to reflect on the current health challenges of lesbians, gays, bisexuals, transgenders, intersex, and other sexual and gender minorities (LGBTI+) within the Brazilian scenario. This study adopted a triangulation approach, based on two studies developed in the Southeast and South of Brazil, which included policy analysis and qualitative research on the perceptions of key actors from the Brazilian Unified Health System (SUS) - LGBTI+ users, workers, and managers. All data were analyzed by an interdisciplinary team of researchers. The main problems faced by the LGBTI+ population were registered, indicating some of the necessary progress. Some of these challenges include: access of the LGBTI+ population to SUS; the need to train health professionals; the decentralization of health services sensitive to the LGBTI+ population; the distinct forms of violence and discrimination; the lack of research in health care conducted with specific groups, such as lesbians, bisexuals, intersex, and other sexual minorities. The results reinforce the urgency for the complete implementation of the "National Policy for the Comprehensive Health of LGBT". The recognition of the LGBTI+ health needs will aid in achieving the principles which are the guiding principles of SUS.


Este artigo objetiva refletir sobre os desafios da saúde de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, intersexuais e outras minorias sexuais e de gênero (LGBTI+) no cenário brasileiro atual. Baseado no método de triangulação, incluiu análise de políticas, pesquisa qualitativa sobre percepções de atores-chave do Sistema Único de Saúde (SUS) - pessoas usuárias LGBTI+, profissionais e gestores(as) - a partir de dois projetos desenvolvidos no Sudeste e Sul do Brasil, analisados por equipe interdisciplinar de pesquisadores(as). Foram elencados os principais problemas enfrentados pela população LGBTI+, sinalizando alguns dos avanços necessários. Alguns desses desafios incluem: o acesso de LGBTI+ ao SUS; a necessidade de capacitação de profissionais; a interiorização e descentralização de serviços sensíveis à LGBTI+; as distintas formas de violências e discriminação; lacunas de pesquisas em saúde de segmentos específicos, como de lésbicas, bissexuais, intersexos e outras minorias sexuais. Os resultados corroboram a urgência da implementação plena da "Política Nacional de Saúde Integral de LGBT". O reconhecimento das demandas dessa população contribui para alcançar os princípios que norteiam o SUS.


Assuntos
Homossexualidade Feminina , Minorias Sexuais e de Gênero , Pessoas Transgênero , Brasil , Atenção à Saúde , Feminino , Humanos , Masculino
7.
Preprint em Português | SciELO Preprints | ID: pps-4645

RESUMO

In this document, we bring a position to the scientific community about the challenge imposed on surveillance and health actions in Brazil on monkeypox. We present points and directions that can support learning and advances from the current scenario.


En este documento, traemos una posición a la comunidad científica sobre el desafío impuesto a las acciones de vigilancia y salud en Brasil sobre la viruela símica. Presentamos puntos y direcciones que pueden apoyar aprendizajes y avances a partir del escenario actual.


Neste documento trazemos um posicionamento para a comunidade científica e sociedade civil acerca do desafio imposto à vigilância e as ações em saúde no Brasil sobre a monkeypox. Apresentamos pontos e encaminhamentos que podem subsidiar os aprendizados e os avanços a partir do atual cenário.

8.
Saúde Soc ; 31(4): e200662pt, 2022. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1424464

RESUMO

Resumo Desde a infância, a violência simbólica é um processo vivenciado por pessoas LGBT diante das sanções da heteronormatividade hegemônica. A universidade se constitui como espaço de possibilidade e mudança para muitas pessoas, com uma expectativa em particular: a de maior abertura à pluralidade moral e, portanto, à diversidade. Este artigo investiga as experiências de violência simbólica e os contornos do habitus vividos por universitários LGBT, por meio de entrevistas não estruturadas com 16 estudantes analisadas a partir do arcabouço teórico de Bourdieu. A violência simbólica se mostrou presente na vida de todos, se manifestando em diversos ambientes e instituições, inclusive na vida acadêmica universitária, mas principalmente na vida familiar e escolar. Diante das imposições do habitus heterossexual, os indivíduos desenvolvem diversos recursos, com destaque para a aquisição de capital social, como a militância LGBT. No entanto, a universidade precisa concretizar ações específicas de enfrentamento às violências e de respeito à diversidade, considerando seu papel como instituição socialmente responsável pela educação de cidadãos para além de profissionais. Esse é um desafio já presente na definição da agenda ético-política universitária, que se torna ainda mais complexo em tempos de luta pela própria manutenção do sistema democrático no Estado brasileiro.


Resumen Desde la infancia, la violencia simbólica es un proceso vivido por las personas LGBT ante las sanciones de la heteronormatividad hegemónica. La universidad se constituye como espacio de posibilidad y cambio para muchos, con una expectativa en particular: la de mayor apertura a la pluralidad moral y, por lo tanto, a la diversidad. Han sido investigadas las experiencias de violencia simbólica y los contornos del habitus vividos por universitarios LGBT. Han sido realizadas entrevistas no estructuradas con 16 estudiantes, analizadas a partir del marco teórico de Bourdieu. La violencia simbólica se mostró presente en la vida de todos. Ocurre en diversos ambientes e instituciones, con primacía en la familia y en la escuela, pero también en la vida académica universitaria. Ante las imposiciones del habitus heterosexual, los individuos desarrollan recursos, entre los cuales hay que destacar la adquisición de capital social, como la militancia LGBT. Pero la universidad, como institución socialmente responsable por la educación de ciudadanos más allá de profesionales, necesita concretar acciones específicas de enfrentamiento a las violencias y de respeto a la diversidad. Un desafío ya presente en la definición de la agenda ético-política universitaria, aún más complejo en tiempos de lucha por el propio mantenimiento del sistema democrático en el Estado brasileño.


Abstract Since childhood, symbolic violence has been a process experienced by LGBT people facing the sanctions of hegemonic heteronormativity. University is a space of possibility and change for many people, with a particular expectation: of greater openness to moral plurality and, thus, diversity. This article investigates experiences of symbolic violence, and the contours of the habitus lived by LGBT university students, by using unstructured interviews with 16 students, analyzed from the theoretical framework of Bourdieu. Symbolic violence was present in all their lives, showing itself in different environments and institutions, including the university academic life, but mostly on their family and school life. Facing impositions of the heterosexual habitus, individuals develop resources, with the acquisition of social capital, such as LGBT militancy, standing out. However, the university needs to concretize specific actions to face violence and respect diversity, considering its role as an institution socially responsible for the education of citizens on top of professionals. This is a challenge already present in the definition of the ethical-political university agenda, that becomes even more complex in times of struggle for the very maintenance of the democratic system in the Brazilian State.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Estudantes , Universidades , Minorias Sexuais e de Gênero , Violência de Gênero , Diversidade de Gênero
9.
Saúde Soc ; 31(3): e180349pt, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1410108

RESUMO

Resumo Este artigo objetiva analisar a experiência de estudantes de Medicina que se identificam como lésbicas, gays e bissexuais dentro da corporação profissional da saúde de maior prestígio social na sociedade brasileira contemporânea, a Medicina. As categorias encontradas apontam que o curso de graduação apresenta um currículo oculto que opera na lógica dos excessos, com um ideário médico conservador, masculinista e heteronormativo. Pessoas da comunidade LGBTI+ são invisibilizadas, tanto em termos curriculares como nas relações sociais, em um processo de vigilância excessiva e constante dos estudantes para a adequação a um modelo que privilegia o homem heterossexual, enquanto os demais são considerados abjetos.


Abstract This article aims to analyze the experience of medical students who identify themselves as lesbians, gays, and bisexuals inside the professional health corporation of highest social prestige in contemporary Brazilian society, the Medicine. The categories found show that the undergraduate course has a hidden curriculum that operates in the logic of excesses, with a conservative, masculinist, and heteronormative medical model. People of the LGBTI+ community are made invisible, both in terms of curriculum and in social relations, in a process of excessive and constant surveillance of students to adapt to a model that privileges heterosexual men, whereas the rest are considered abject.


Assuntos
Educação de Graduação em Medicina , Sexismo , Diversidade de Gênero
10.
Cad Saude Publica ; 37(11): e00042320, 2021.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-34877988

RESUMO

The study investigated how the interaction between axes of marginalization based on race/color, gender, schooling, and interpersonal discrimination affect different dimensions of quality of life in adult individuals. This is a cross-sectional study with data from the second wave of the EpiFloripa Adult Study in Florianópolis, southern Brazil, in 2012. We estimated linear regression models for each domain and for overall quality of life, measured with WHOQOL-Bref. The KHB method was used to estimate the mediating role of perceived discrimination in the associations between the axes of marginalization and quality of life. The analysis showed that schooling and gender operate additivelly, but not intersectionally, on overall quality of life and on the physical domain, with a disadvantage for women and individuals with 11 years of schooling or less. Schooling and race/color were predictors of the environmental domain, with lower mean values for blacks and individuals with 11 years of schooling or less. In the psychological domain, the intersection between gender and schooling resulted in a mean value 2.9 points higher for women with 12 or more years of schooling. Gender and race/color were predictors of quality of life in the social domain, reducing the mean value for black women by 11.3 points. Mediation analyses showed that 29.6% of the effect of the intersection between schooling and gender on the psychological domain and 4.3% of the effect of the intersection between race/color and gender on the social domain were mediated by interpersonal discrimination. These results confirmed the study hypotheses, pointing to the importance and contribution of an intersectional analysis for studying inequities in quality of life.


Este estudo investigou como a interação entre os eixos de marginalização raça/cor, gênero, escolaridade e discriminação interpessoal afeta distintas dimensões da qualidade de vida de indivíduos adultos. Trata-se de uma análise transversal, realizada com dados da segunda onda do Estudo EpiFloripa Adulto, conduzida em Florianópolis, Sul do Brasil, em 2012. Estimamos modelos de regressão linear para cada domínio e para a qualidade de vida geral, aferida com o WHOQOL-Bref. O método KHB foi utilizado para estimar o papel mediador da discriminação percebida nas associações dos eixos de marginalização com qualidade de vida. A análise demonstrou que escolaridade e gênero operam em conjunto, mas não interseccionalmente, sobre a qualidade de vida geral e sobre o domínio físico, com prejuízo para as mulheres e indivíduos com até 11 anos de estudo. Escolaridade e raça/cor foram preditores do domínio meio ambiente, com médias inferiores para negros e indivíduos com até 11 anos de estudo. No domínio psicológico, a intersecção entre gênero e escolaridade resultou em uma média 2,9 pontos maior para mulheres com 12+ anos de estudo. Gênero e raça/cor foram preditores da qualidade de vida no domínio social, reduzindo em 11,3 pontos a média das mulheres negras. Análises de mediação demonstraram que 29,6% do efeito da interseccção entre escolaridade e gênero sobre o domínio psicológico e 4,3% do efeito da intersecção entre raça/cor e gênero sobre o domínio social foram mediados pela discriminação interpessoal. Esses resultados confirmam as hipóteses do estudo, apontando a importância e a contribuição da análise interseccional para a investigação das iniquidades na qualidade de vida.


Este estudio investigó cómo la interacción entre los ejes de marginalización raza/color, género, escolaridad y discriminación interpersonal afecta distintas dimensiones de la calidad de vida de los individuos adultos. Se trata de un análisis transversal, realizado con datos de la segunda ola del Estudio EpiFloripa Adulto, realizado en Florianópolis, sur de Brasil, en 2012. Estimamos modelos de regresión lineal para cada dominio y para la calidad de vida general, evaluada con el WHOQOL-Bref. El método KHB se utilizó para estimar el papel mediador de la discriminación percibida en las asociaciones de los ejes de marginalización con calidad de vida. El análisis demostró que la escolaridad y género operan en conjunto, pero no interseccionalmente, sobre la calidad de vida general y sobre el dominio físico, con prejuicio para las mujeres e individuos con hasta 11 años de estudio. Escolaridad y raza/color fueron predictores del dominio medio ambiente, con medias inferiores para negros e individuos con hasta 11 años de estudio. En el dominio psicológico, la intersección entre género y escolaridad resultó en una media 2,9 puntos mayor para mujeres con 12+ años de estudio. Género y raza/color fueron predictores de la calidad de vida en el dominio social, reduciendo en 11,3 puntos la media de las mujeres negras. Los análisis de mediación demostraron que un 29,6% del efecto de la intersección entre escolaridad y género, sobre el dominio psicológico, y 4,3% del efecto de la intersección entre raza/color y género, sobre el dominio social, fueron mediados por la discriminación interpersonal. Esos resultados confirman las hipótesis del estudio, apuntando la importancia y la contribución del análisis interseccional para la investigación de inequidades en la calidad de vida.


Assuntos
Enquadramento Interseccional , Qualidade de Vida , Adulto , Brasil , Estudos Transversais , Feminino , Humanos , Discriminação Percebida
11.
Saúde debate ; 45(128): 42-53, jan.-mar. 2021.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1252215

RESUMO

RESUMO Este trabalho teve como objetivo analisar de que maneira as práticas corporais podem servir como instrumentos de controle dos corpos na Atenção Primária à Saúde, avaliando os discursos de profissionais da saúde que compõem uma Unidade Básica de Saúde, a partir dos conceitos de biopoder e biopolítica levantados por Michel Foucault. Trata-se de um estudo qualitativo, caracterizado como um estudo de caso. Foram realizados cinco grupos focais, um com a equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica e quatro com as equipes de Saúde da Família. Para a apreciação dos dados foi utilizada a Análise Temática. A pesquisa revela uma aplicação das práticas corporais ainda pautada em uma matriz biomédica, voltadas para a prevenção, o controle e o tratamento de doenças, com foco nas crônicas não transmissíveis. Tais práticas acabam por configurar dispositivos do biopoder e da biopolítica na Atenção Primária à Saúde, como controladoras dos corpos e como componentes estratégicos de uma medicalização social. No entanto, ao fim, também aponta para as possibilidades de exercícios de resistência e fissuras nas relações de poder estabelecidas nas práticas corporais, tomando-as potências de recriação de outros sentidos, para além daqueles hegemônicos, calcados em discursos biologicistas.


ABSTRACT This work aimed to analyze how body practices can serve as instruments to control bodies in Primary Health Care, evaluating the speeches of health professionals of a Basic Health Unit based on the concepts of biopower and biopolitics raised by Michel Foucault. This is a qualitative study, characterized as a case study. Five focal groups were carried out, with the Extended Family Health and Primary Care Center team and four as Family Health Teams. Thematic Analysis was used to approve the data. The research reveals that body practices continue to be a biomedical tool, aimed at prevention, control and treatment of diseases, focusing on chronic non-communicable diseases. Such practices end up configuring biopower and biopolitics devices in Primary Health Care, as body control and as strategic components of a social medicalization. However, in the end, it also points to the possibilities of resistance exercises and fissures of power relations established in body practices, taking these as a power to recreate other senses in addition to those hegemonic ones based on biologicist discourses.

12.
Rev. bras. educ. méd ; 45(1): e025, 2021. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1155907

RESUMO

Abstract: Introduction: The challenges brought by the continuity of the university teaching-learning process in the face of the measures to combat the pandemic of COVID-19 made the debate on the use of information and communication technologies (ICT) in medical education more important. Several strategies were used by teachers worldwide to continue their teaching activities. Objective: to investigate the strategies and uses of ICT in medical education in the face of the COVID-19 pandemic. Method: Five databases were systematically assessed, using the terms "COVID-19", "medical education", "higher education" and "students", in Portuguese, English and Spanish, resulting in 321 initial citations, with 18 final references after applying the inclusion and exclusion criteria. Result: Four key topics were identified in the literature: (1) Challenges for Medical Education prior to COVID-19; (2) Challenges in migrating to remote education; (3) Strategies to overcome challenges related to the learning environment; and (4) Strategies to overcome challenges related to assessments and exams. Conclusion: The use of ICT in medical education in the context of the COVID-19 pandemic showed to be especially important, with considerations regarding the improvement in areas that were already used, the migration of some more articulated areas and experiences in clinical and procedural disciplines. There was also concern about the impacts of using ICT to replace the in-person presence of students in medical learning environments.


Resumo: Introdução: Os desafios à continuidade do processo ensino-aprendizagem universitário ante as medidas de combate à pandemia da Covid-19 tornaram mais importante o debate sobre o uso de tecnologias de informação e comunicação (TIC) no ensino médico. Diversas estratégias foram empregadas no mundo por docentes para a continuidade das atividades pedagógicas. Objetivo: Este estudo teve como objetivo investigar as estratégias e os usos de TIC no ensino médico ante a pandemia de Covid-19. Método: Examinaram-se sistematicamente cinco bases de dados, nas quais se empregaram as expressões e os termos "covid-19", "ensino médico", "educação superior" e "estudantes" em português, inglês e espanhol, o que resultou em 321 citações iniciais, com 18 referências finais após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão. Resultado: Quatro temas-chave foram identificados na literatura: 1. "Desafios para o ensino médico anteriores à Covid-19"; 2. "Desafios na migração para o ensino a distância"; 3. "Estratégias para a superação de desafios relacionadas ao ambiente de aprendizagem virtual"; e 4. "Estratégias para a superação de desafios relacionadas às avaliações". Conclusão: No contexto da pandemia de Covid-19, o emprego de TIC no ensino médico se mostrou importantíssimo, pois se encontraram quatro estratégias, entre as quais se destacaram o aprimoramento em áreas em que as TIC já eram utilizadas, a migração de algumas áreas mais articuladas e experiências em disciplinas clínicas e procedurais. Também houve preocupação sobre os impactos do uso de TIC em substituição da presença de estudantes nos ambientes de aprendizagem médicos.


Assuntos
Humanos , Ensino/tendências , Aplicações da Informática Médica , Educação a Distância , Educação Médica/tendências , COVID-19 , Aprendizagem
13.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(11): e00042320, 2021. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1350400

RESUMO

Este estudo investigou como a interação entre os eixos de marginalização raça/cor, gênero, escolaridade e discriminação interpessoal afeta distintas dimensões da qualidade de vida de indivíduos adultos. Trata-se de uma análise transversal, realizada com dados da segunda onda do Estudo EpiFloripa Adulto, conduzida em Florianópolis, Sul do Brasil, em 2012. Estimamos modelos de regressão linear para cada domínio e para a qualidade de vida geral, aferida com o WHOQOL-Bref. O método KHB foi utilizado para estimar o papel mediador da discriminação percebida nas associações dos eixos de marginalização com qualidade de vida. A análise demonstrou que escolaridade e gênero operam em conjunto, mas não interseccionalmente, sobre a qualidade de vida geral e sobre o domínio físico, com prejuízo para as mulheres e indivíduos com até 11 anos de estudo. Escolaridade e raça/cor foram preditores do domínio meio ambiente, com médias inferiores para negros e indivíduos com até 11 anos de estudo. No domínio psicológico, a intersecção entre gênero e escolaridade resultou em uma média 2,9 pontos maior para mulheres com 12+ anos de estudo. Gênero e raça/cor foram preditores da qualidade de vida no domínio social, reduzindo em 11,3 pontos a média das mulheres negras. Análises de mediação demonstraram que 29,6% do efeito da interseccção entre escolaridade e gênero sobre o domínio psicológico e 4,3% do efeito da intersecção entre raça/cor e gênero sobre o domínio social foram mediados pela discriminação interpessoal. Esses resultados confirmam as hipóteses do estudo, apontando a importância e a contribuição da análise interseccional para a investigação das iniquidades na qualidade de vida.


The study investigated how the interaction between axes of marginalization based on race/color, gender, schooling, and interpersonal discrimination affect different dimensions of quality of life in adult individuals. This is a cross-sectional study with data from the second wave of the EpiFloripa Adult Study in Florianópolis, southern Brazil, in 2012. We estimated linear regression models for each domain and for overall quality of life, measured with WHOQOL-Bref. The KHB method was used to estimate the mediating role of perceived discrimination in the associations between the axes of marginalization and quality of life. The analysis showed that schooling and gender operate additivelly, but not intersectionally, on overall quality of life and on the physical domain, with a disadvantage for women and individuals with 11 years of schooling or less. Schooling and race/color were predictors of the environmental domain, with lower mean values for blacks and individuals with 11 years of schooling or less. In the psychological domain, the intersection between gender and schooling resulted in a mean value 2.9 points higher for women with 12 or more years of schooling. Gender and race/color were predictors of quality of life in the social domain, reducing the mean value for black women by 11.3 points. Mediation analyses showed that 29.6% of the effect of the intersection between schooling and gender on the psychological domain and 4.3% of the effect of the intersection between race/color and gender on the social domain were mediated by interpersonal discrimination. These results confirmed the study hypotheses, pointing to the importance and contribution of an intersectional analysis for studying inequities in quality of life.


Este estudio investigó cómo la interacción entre los ejes de marginalización raza/color, género, escolaridad y discriminación interpersonal afecta distintas dimensiones de la calidad de vida de los individuos adultos. Se trata de un análisis transversal, realizado con datos de la segunda ola del Estudio EpiFloripa Adulto, realizado en Florianópolis, sur de Brasil, en 2012. Estimamos modelos de regresión lineal para cada dominio y para la calidad de vida general, evaluada con el WHOQOL-Bref. El método KHB se utilizó para estimar el papel mediador de la discriminación percibida en las asociaciones de los ejes de marginalización con calidad de vida. El análisis demostró que la escolaridad y género operan en conjunto, pero no interseccionalmente, sobre la calidad de vida general y sobre el dominio físico, con prejuicio para las mujeres e individuos con hasta 11 años de estudio. Escolaridad y raza/color fueron predictores del dominio medio ambiente, con medias inferiores para negros e individuos con hasta 11 años de estudio. En el dominio psicológico, la intersección entre género y escolaridad resultó en una media 2,9 puntos mayor para mujeres con 12+ años de estudio. Género y raza/color fueron predictores de la calidad de vida en el dominio social, reduciendo en 11,3 puntos la media de las mujeres negras. Los análisis de mediación demostraron que un 29,6% del efecto de la intersección entre escolaridad y género, sobre el dominio psicológico, y 4,3% del efecto de la intersección entre raza/color y género, sobre el dominio social, fueron mediados por la discriminación interpersonal. Esos resultados confirman las hipótesis del estudio, apuntando la importancia y la contribución del análisis interseccional para la investigación de inequidades en la calidad de vida.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Qualidade de Vida , Brasil , Estudos Transversais
14.
Rev. bioét. (Impr.) ; 28(4): 619-627, out.-dez. 2020.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1155746

RESUMO

Resumo A exibição de filmes seguida de debate pode ser empregada como recurso pedagógico da bioética narrativa, visando compartilhar percepções e ampliar coletivamente a capacidade de refletir e dialogar. Neste artigo buscou-se aprofundar a análise de questões ético-políticas suscitadas em debate sobre o filme Que horas ela volta? com estudantes de uma universidade pública. O filme faz um resgate sócio-histórico da formação brasileira, expondo antagonismos ancestrais e uma cultura visceralmente racista, sexista e autoritária. Foram levantadas coletivamente as principais cenas-chave do filme, debatidas à luz da bioética social com base em leitura previamente recomendada. O processo levou os alunos a problematizar relações de gênero, classe, trabalho, poder e violência simbólica no Brasil contemporâneo - reflexões necessárias no contexto da educação superior em saúde.


Abstract Movie screenings followed by debate can be used as a pedagogical resource for narrative bioethics, aiming to share perceptions and collectively expand the capacity to reflect and dialogue. In this article, we sought to deepen the analysis of ethical and political issues raised in a debate on the movie The Second Mother with students from a public university. The film makes a socio-historical rescue of the Brazilian formation, exposing ancestral antagonisms and a viscerally racist, sexist, and authoritarian culture. Collectively, the main key scenes of the movie were addressed and discussed in the light of social bioethics, based on previously recommended reading. The process led the students to problematize relations of gender, class, work, power, and symbolic violence in contemporary Brazil - necessary reflections in the context of higher education in health.


Resumen La exhibición de películas seguida de debate se puede emplear como un recurso pedagógico de la bioética narrativa para compartir percepciones y ampliar colectivamente la capacidad de reflexionar y dialogar. En este artículo, se trató de profundizar el análisis de cuestiones ético-políticas suscitadas en un debate con estudiantes de una universidad pública acerca de la película brasileña Una segunda madre. Al realizar un rescate sociohistórico de la formación brasileña, la película expone antagonismos ancestrales y una cultura visceralmente racista, sexista y autoritaria. Colectivamente, se identificaron las escenas clave de la película y se discutieron a la luz de la bioética social, con base una lectura previamente recomendada. Este proceso condujo a los alumnos a problematizar relaciones de género, clase, trabajo, poder y violencia simbólica en el Brasil contemporáneo, reflexiones necesarias en el contexto de educación superior en salud.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Bioética , Identidade de Gênero , Filmes Cinematográficos
15.
Telemed J E Health ; 26(10): 1271-1277, 2020 10.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-31971881

RESUMO

Background: Massive Open Online Courses (MOOCs) are a teaching format with universal access and the potential and viability to be implemented by health professionals. Despite their proven success in providing high-quality continuing education, usage and offerings of this technology are still scarce in Brazil. Materials and Methods: This article describes the development of an online-based education strategy (MOOC) on the topic of health policies aimed at the Lesbian, Gay, Bisexual, Transgender, and Intersex (LGBTI+) population and analyzes its performance and reach after 6 months. Results: This introductory MOOC course on LGBTI+ health included an assortment of multimedia material and consisted of 30 h of autonomous learning activities divided into two modules, with problem-based evaluation strategies. During its 6-month promotion period, the course had a total of 3,000 people enrolled with a completion rate of ∼20%. Conclusions: Results point to a high interest in LGBTI+ health and high demand for training on this topic among health professionals. This was the first course of its kind administered in Brazil. The MOOC format was successful and reliable in enabling the teaching-learning process.


Assuntos
Educação a Distância , Minorias Sexuais e de Gênero , Pessoas Transgênero , Brasil , Feminino , Promoção da Saúde , Humanos
16.
Cad. saúde colet., (Rio J.) ; 27(1): 67-72, jan.-mar. 2019.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-989532

RESUMO

Resumo Introdução O processo de medicalização social vem transformando em necessidades médicas as experiências, os sofrimentos e as dores, permeando cada vez mais aspectos da vida diária e gerando dependência de saberes e práticas profissionalizados. Objetivo Apresenta-se um ensaio com objetivo de investigar e discutir o campo da Odontologia à luz da medicalização social, com destaque para as práticas profissionais, contextualizando-o na realidade brasileira. Método A discussão abrange a prática nos setores privado e público, relacionando-os a estudos já realizados sobre a Biomedicina e a Odontologia. Para tal, uma análise da literatura referenciada permite o entendimento do processo de medicalização social a partir das ideias de Ivan Illich e Charles Tesser; já para dialogar especificamente com a saúde bucal, a partir dos acúmulos da teoria da bucalidade, tem-se como expoente Carlos Botazzo. Resultados O debate amplia o olhar dos profissionais e pesquisadores da área odontológica, nas dimensões clínica, política ou sociológica, na perspectiva de melhorar a qualidade da atenção e evitar a reprodução do modelo biomédico e curativista hegemônico. Conclusão Almeja-se que a Odontologia atue no sentido de fomentar uma abordagem ampliada e holística dos problemas de saúde, além de propiciar um cuidado com caráter menos medicalizante.


Abstract Background The process of social medicalization has transformed medical experiences, sufferings and pain. This permeates more and more aspects of daily life, creating dependence on professional knowledge and practice. Objective The present essay aims to investigate and discuss the field of dentistry in the light of social medicalization, with emphasis on professional practices, contextualized in the Brazilian reality. Method The discussion covers the practice in both the private and public sectors, relating it to studies already carried out on Biomedicine and Dentistry. To this end, we performed an analysis of the referenced literature to better understand the social medicalization process from the ideas of Ivan Illich and Charles Tesser; and to dialogue specifically with the Oral Health, from the accumulations of the bucality theory, with Carlos Botazzo as exponent in this elaboration. Results The debate expands the view of professionals and researchers in the field of dentistry, whether in the clinical, political or sociological dimension, with a view to improving the quality of care and avoiding the reproduction of the biomedical and hegemonic curativist model. Conclusion Dentistry should act in order to foster an enlarged and holistic approach of health problems, in addition to providing care with a less medicalizing character.

17.
Rev. bras. educ. méd ; 43(1,supl.1): 557-567, 2019. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1057604

RESUMO

RESUMO As disparidades no oferecimento de cuidado em saúde à população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) são evidentes e documentadas. O preconceito molda-se na naturalização de padrões instaurados e mantidos por diversas instituições, e a literatura corrobora com a existência de preconceito contra LGBT em escolas de medicina. A educação médica, historicamente consolidada em modelo biomédico-farmacêutico, concreto, positivista, hospitalocêntrico, com enfoque em um processo saúde-doença unicausal, representa um status conservador que se mantem rígido há um século. A despeito de programas e diretrizes nacionais e internacionais que orientam medidas inclusivas e de combate à discriminação, é verificada a presença de preconceito contra LGBT na prática médica e inclusive durante o processo educacional médico, notando-se atitudes preconceituosas entre os estudantes de medicina. Objetivo analisar o perfil de atitude e o preconceito contra diversidade sexual e de gênero entre estudantes de um curso de Medicina. Métodos foram empregados questionários autoaplicáveis a 391 estudantes de primeiro ao oitavo semestre de um curso de Medicina público da região sul do Brasil no ano de 2017. Resultados obteve-se uma taxa de resposta de 85,2% dos entrevistados. O nível de preconceito com base nas assertivas variou de 69% a 89%. Entre os respondentes, 74,9% concordaram que o sexo entre dois homens é errado, 83,9% consideraram homens gays nojentos, 83,9% acreditaram que a homossexualidade masculina é uma perversão, 80,9% afirmaram que o sexo entre duas mulheres é totalmente errado, 83,9% afirmaram que as meninas masculinas deveriam receber tratamento. Em relação à comparação da distribuição dos resultados quanto ao gênero declarado dos estudantes, observou-se que os estudantes autodeclarados masculinos foram mais preconceituosos que as estudantes autodeclaradas femininas. A distribuição de preconceito entre estudantes que se autodeclararam masculinos variou entre 81,5% a 94,4%, e entre as estudantes que se autodeclararam femininas, variou entre 57,3% e 76,4%. Os dados corroboraram para a importância de integrar a temática de saúde LGBT de forma obrigatória aos currículos e de construir mecanismos de apoio à estruturação pedagógica que auxiliem as aulas e/ou disciplinas a cumprirem seu papel.


RESUMO As disparidades no oferecimento de cuidado em saúde à população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) são evidentes e documentadas. O preconceito molda-se na naturalização de padrões instaurados e mantidos por diversas instituições, e a literatura corrobora com a existência de preconceito contra LGBT em escolas de medicina. A educação médica, historicamente consolidada em modelo biomédico-farmacêutico, concreto, positivista, hospitalocêntrico, com enfoque em um processo saúde-doença unicausal, representa um status conservador que se mantem rígido há um século. A despeito de programas e diretrizes nacionais e internacionais que orientam medidas inclusivas e de combate à discriminação, é verificada a presença de preconceito contra LGBT na prática médica e inclusive durante o processo educacional médico, notando-se atitudes preconceituosas entre os estudantes de medicina. Objetivo analisar o perfil de atitude e o preconceito contra diversidade sexual e de gênero entre estudantes de um curso de Medicina. Métodos foram empregados questionários autoaplicáveis a 391 estudantes de primeiro ao oitavo semestre de um curso de Medicina público da região sul do Brasil no ano de 2017. Resultados obteve-se uma taxa de resposta de 85,2% dos entrevistados. O nível de preconceito com base nas assertivas variou de 69% a 89%. Entre os respondentes, 74,9% concordaram que o sexo entre dois homens é errado, 83,9% consideraram homens gays nojentos, 83,9% acreditaram que a homossexualidade masculina é uma perversão, 80,9% afirmaram que o sexo entre duas mulheres é totalmente errado, 83,9% afirmaram que as meninas masculinas deveriam receber tratamento. Em relação à comparação da distribuição dos resultados quanto ao gênero declarado dos estudantes, observou-se que os estudantes autodeclarados masculinos foram mais preconceituosos que as estudantes autodeclaradas femininas. A distribuição de preconceito entre estudantes que se autodeclararam masculinos variou entre 81,5% a 94,4%, e rntre as estudantes que se autodeclararam femininas, variou entre 57,3% e 76,4%. Os dados corroboraram para a importância de integrar a temática de saúde LGBT de forma obrigatória aos currículos e de construir mecanismos de apoio à estruturação pedagógica que auxiliem as aulas e/ou disciplinas a cumprirem seu papel.

18.
Saúde debate ; 43(spe8): 79-90, 2019.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1127442

RESUMO

RESUMO As identidades de gênero e as orientações sexuais têm impacto sobre as vivências das pessoas em situação de rua, sendo importante motivo na quebra de vínculo familiar e ida para a rua, no caso, Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT). LGBT em situação de rua têm sua relação com o serviço de saúde comprometida e apresentam os piores indicadores de saúde quando comparados com os heterossexuais. O objetivo deste estudo foi compreender as implicações das identidades de gênero nas relações sociais e saúde de LGBT em situação de rua de Florianópolis (SC). Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada entre os meses de novembro de 2017 e fevereiro de 2018, com LGBT em situação de rua, no centro de Florianópolis (SC). Foram realizadas entrevistas individuais semiestruturadas para coleta de dados. Os principais motivos de ida para a rua foram os conflitos familiares e a opção pessoal. A rua foi apresentada como um espaço de intensa discriminação e violência contra LGBT, com aspectos interseccionais relacionados com a raça, amenizadas por estratégias de 'desvio de foco'. Devido às experiências discriminatórias com profissionais de saúde, o cuidado de saúde é feito pelas próprias pessoas em situação de rua.


ABSTRACT Gender identities and sexual orientation have an impact on the lives of homeless people, and are an important reason for breaking the family bond and ending up in the streets, in the case of Lesbians, Gays, Bisexuals, Transvestites and Transsexuals (LGBT). LGBT homeless people have their relationship with the health service compromised and have the worst health indicators when compared to heterosexuals. The aim of this study was to understand the implications of gender identities in social relations and health of the LGBT homeless population in Florianópolis (SC). It is a qualitative research carried out between November 2017 and February 2018, with LGBT homeless people in the city center of Florianópolis (SC). Individual semi-structured interviews were conducted for data collection. The main reasons for going to the street were family conflicts and personal choice. The street was presented as a space of intense violence and discrimination against LGBT population with intersectional aspects related to race, enlivened by some strategies of 'shifting of focus'. Due to discriminatory experiences with health professionals, health care is carried out by the very people in homeless situation.

19.
Trab. educ. saúde ; 17(2): e0019730, 2019. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-986164

RESUMO

Resumo No Brasil, apesar dos avanços na garantia dos direitos humanos das pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, elas continuam em importante situação de vulneração. O objetivo desta pesquisa bioética foi compreender as representações sociais dos trabalhadores da Atenção Básica à Saúde sobre essas pessoas, partindo-se da premissa que podem atuar como barreiras de acesso às ações e serviços. Foram entrevistados 15 trabalhadores(as) da rede de Florianópolis/SC. Os dados coletados foram qualitativamente analisados à luz da Teoria das Representações Sociais, por meio da análise temática de conteúdo. Os resultados revelaram que as representações sociais dos trabalhadores estão fortemente ancoradas em morais religiosas e heterônomas, compreendendo as pessoas em questão a partir de uma ideia de promiscuidade, de risco a infecções sexualmente transmissíveis, de estereótipos, e entendendo sua sexualidade e identidade de gênero como incorretas, determinadas biologicamente ou, ainda, como antinaturais, sujeitas a uma questão de escolha pessoal. A sexualidade é uma dimensão da vida privada que não pode continuar refém do moralismo. As representações sociais precisam ser trabalhadas nos contextos da educação e do trabalho em saúde, a fim de ampliar o acesso da população em foco às ações e serviços, bem como a qualidade assistencial.


Abstract In Brazil, despite the improvements in guaranteeing the human rights of Lesbians, Gays, Bissexuals, and Transsexuals, this population is still in a considerable situation of vulnerability. The goal of the present bioethics research was to understand the social representations of the Primary Health Care workers regarding these people, following the premise that these representations can act as obstacles for the access to actions and services. A total of 15 workers from the network of the city of Florianópolis, in the state of Santa Catarina, Brazil, were interviewed. The data collected were analyzed quantitatively based on the Social Representation Theory, through the thematic analysis of the content. The results showed that the social representations on the part of the workers are strongly founded on religious and heterenomous morals, and they understand the group in question based on an idea of promiscuity, risk of acquiring sexually-transmitted infections, stereotypes, and they understand their sexuality and gender identity as incorrect, biologically determined or even unnatural, subject to personal choice. Sexuality is a dimension of private life that cannot remain subjected to moralism. Social representations must be dealt with in the contexts of education and work in health, in order to broaden the access of the people in question regarding actions and services, as well as quality care.


Resumen En Brasil, a pesar de los avances para garantizar los derechos humanos de las personas Lesbianas, Gais, Bisexuales, Travestis y Transexuales, éstas continúan en una importante situación de vulnerabilidad. El objetivo de esta investigación bioética fue comprender las representaciones sociales creadas por los trabajadores de la Atención Básica de la Salud sobre estas personas, partiendo de la premisa que dichas representaciones pueden actuar como barreras de acceso a las acciones y servicios. Se entrevistaron 15 trabajadores(as) de la red de la ciudad de Florianópolis, Brasil. Los datos recolectados se analizaron cualitativamente a la luz de la Teoría de las Representaciones Sociales, por medio del análisis de contenido temático. Los resultados revelaron que las representaciones sociales de los trabajadores están fuertemente arraigadas a las morales religiosas y heterónomas, percibiendo a las personas en cuestión a partir de una idea de promiscuidad, de riesgo a infecciones sexualmente transmisibles, de estereotipos, y concibiendo como incorrectas su sexualidad e identidad de género establecidas biológicamente, o incluso como antinaturales, sujetas a una cuestión de elección personal. La sexualidad es una dimensión de la vida privada que no puede continuar siendo rehén del moralismo. Las representaciones sociales deben trabajarse en los contextos de la educación y del trabajo en la salud a fin de ampliar el acceso de la población a las acciones y servicios, poniendo el foco en esto así como en la calidad asistencial.


Assuntos
Humanos , Atenção Primária à Saúde , Categorias de Trabalhadores , Bioética , Saúde Pública , Ética , Minorias Sexuais e de Gênero
20.
Cad Saude Publica ; 34(11): e00167117, 2018 11 08.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-30427415

RESUMO

The aim of this study was to analyze the Explicit Discrimination Scale (EDS), in order to determine its capacity to reflect intersectional experiences with discrimination among groups subjected to class, race, and gender oppression. The study was based on data from a study conducted in a representative sample of students (n = 1,023) at Federal University of Santa Catarina, Brazil, regularly enrolled during the first semester of 2012. The statistical analysis included estimation of the relative frequencies of each of the 18 items in the EDS, as well as the main reasons, stratified by sex/gender, color/race, and socioeconomic status. Negative binomial regression models allowed assessing whether sex/gender, race/color, and socioeconomic status are predictors of the discrimination score, even after adjusting for covariates that potentially affect the target associations. The results of the analysis of each of the instrument's 18 items suggest that the EDS allows measurement of discrimination in among multiply marginalized groups, since it draws out the experiences with discrimination in minority subgroups, such as low-income black women. Still, this tendency was not observed in the instrument's global score, suggesting that it does not allow positioning the respondent along a spectrum of discrimination that includes less and more intense expressions of the phenomenon. Future studies are needed to deal with this observed limitation and which thus lend greater visibility to the experiences of discrimination in groups exposed to multiple marginalization.


O objetivo deste estudo foi analisar a Escala de Discriminação Explícita (EDE), buscando identificar sua capacidade em refletir experiências de discriminação interseccionais sob a perspectiva do cruzamento entre cor/raça, sexo/gênero e posição socioeconômica. Trata-se de estudo baseado em dados de uma pesquisa realizada com uma amostra representativa de estudantes (n = 1.023) da Universidade Federal de Santa Catarina, regularmente matriculados no primeiro semestre de 2012. A análise estatística incluiu estimação das frequências relativas de cada um dos 18 itens da EDE, bem como de suas principais motivações, estratificadas por sexo/gênero, cor/raça e posição socioeconômica. Modelos de regressão binomial negativa possibilitaram avaliar se sexo/gênero, cor/raça e posição socioeconômica constituem preditores do escore de discriminação obtido com o instrumento, mesmo após o ajuste para covariáveis que potencialmente afetam as relações de interesse. Os resultados da análise de cada um dos 18 itens do instrumento sugerem que a EDE possibilita a mensuração da discriminação dentro de um quadro interseccional, uma vez que traz à tona as experiências discriminatórias vivenciadas por subgrupos minoritários, tais como mulheres negras e de posição socioeconômica baixa. Contudo, tal tendência não foi observada no escore global do instrumento, sugerindo que ele não permite situar os respondentes num espectro de variação de discriminação, que inclui graus menos e mais intensos do fenômeno. Pesquisas futuras são necessárias a fim de enfrentar a limitação observada e, assim, dar maior visibilidade às experiências de discriminação de grupos multiplamente marginalizados.


El objetivo de este estudio fue analizar la Escala de Discriminación Explícita (EDE), buscando identificar en su elaboración la interseccionalidad, desde la perspectiva del cruce entre color/raza, sexo/género y posición socioeconómica. Se trata de un estudio basado en datos de una investigación realizada con una muestra representativa de estudiantes (n = 1.023) de la Universidad Federal de Santa Catarina, regularmente matriculados en el primer semestre de 2012. El análisis estadístico incluyó una estimación de las frecuencias relativas de cada uno de los 18 ítems de la EDE, así como sus principales motivaciones, estratificadas por sexo/género, color/raza y posición socioeconómica. Los modelos de regresión binomial negativa posibilitaron evaluar si el sexo/género, color/raza y posición socioeconómica constituyen predictores del marcador de discriminación, obtenido con este instrumento, incluso tras el ajuste respecto a las covariables que potencialmente afectan las relaciones de interés. Los resultados del análisis de cada uno de los 18 ítems del instrumento sugieren que la EDE posibilita la medida de discriminación dentro de un cuadro interseccional, ya que pone en tela de juicio las experiencias discriminatorias vividas por subgrupos minoritarios, tales como mujeres negras y de posición socioeconómica baja. No obstante, tal tendencia no se observó en el marcador global del instrumento, sugiriendo que no permite situar a quienes respondieron en un espectro de variación de discriminación, que incluye grados más y menos intensos del fenómeno. Se necesitan investigaciones futuras, con el fin de hacer frente a la limitación observada y, así, dar mayor visibilidad a las experiencias de discriminación de grupos múltiplemente marginalizados.


Assuntos
Preconceito/estatística & dados numéricos , Racismo/estatística & dados numéricos , Sexismo/estatística & dados numéricos , Adolescente , Adulto , População Negra/estatística & dados numéricos , Brasil , Estudos Transversais , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Autorrelato , Fatores Sexuais , Fatores Socioeconômicos , Inquéritos e Questionários , População Branca/estatística & dados numéricos , Adulto Jovem
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA
...